Como as Cadeias de Suprimentos em Tempo Real Estão Transformando o Futuro do Varejo

No varejo atual, os clientes não se importam com o que acontece nos bastidores — eles se importam que o produto desejado esteja disponível onde, quando e como eles quiserem. Essa verdade simples é o motivo pelo qual conectar o planejamento da cadeia de suprimentos com a execução deixou de ser algo “bom de ter” e passou a ser uma necessidade competitiva.

Na conferência anual da Manhattan, Momentum 2025, em Las Vegas, líderes de varejo e cadeia de suprimentos discutiram como a unificação entre planejamento e execução está transformando as operações do varejo — proporcionando agilidade, visibilidade e eficiência em um cenário cada vez mais complexo.

Dado o nível de competitividade pela fidelidade e retenção de clientes, tornou-se essencial que as empresas abandonem operações isoladas e passem a enxergar suas atividades com uma visão única e integrada.

Confiar em uma Única Fonte de Verdade

Miles Tedder, que supervisiona as operações de mais de 730 lojas da Pet Supplies Plus, mencionou que o ponto de virada para sua equipe foi perceber que os planos mudam quase imediatamente após serem criados — e que o negócio precisava de sistemas capazes de se adaptar com a mesma rapidez.

Eles migraram o planejamento e a execução para a plataforma Manhattan Active® Supply Chain Planning, unificando a gestão de estoque, o fulfillment de pedidos e o feedback em tempo real em um único ambiente. Essa mudança eliminou o vai-e-vem constante entre planejamentos isolados, permitindo que a empresa faça ajustes rápidos e informados quando surgem interrupções.

Evitando Interrupções  

Interrupções acontecem todos os dias e por diversos motivos — seja por limitações de capacidade de um fornecedor, atraso no transporte ou mudanças repentinas na demanda dos clientes. Antes da unificação, as equipes dependiam de ligações telefônicas, planilhas e resolução manual de problemas. Agora, os líderes podem — e precisam — visualizar a situação instantaneamente, modelar soluções possíveis e agir com base na opção mais eficiente. 

Miles compartilhou como suas lojas agora conseguem rastrear remessas em tempo real, até mesmo o ponto exato em que o caminhão está antes de chegar. Em breve, eles poderão enviar alertas automáticos quando os caminhões estiverem a poucos minutos do descarregamento, garantindo que a mão de obra esteja preparada e os produtos estejam organizados sem atrasos!
Outro fator complicador no varejo moderno é a proliferação de SKUs. Os varejistas adicionam produtos para atender às expectativas dos clientes por variedade, mas isso também aumenta a complexidade no armazenamento, separação e reposição.

Seja reduzindo ou ampliando o portfólio como parte de sua proposta de marca, ter visibilidade sobre quais produtos realmente geram valor é essencial. Sem isso, decisões acabam sendo tomadas com base em dados incompletos ou enganosos.

A Tecnologia Acompanhou a Visão

  Há apenas cinco anos, a integração completa entre planejamento e execução na velocidade do varejo moderno era mais um ideal do que uma realidade. Hoje, plataformas nativas da nuvem e arquiteturas baseadas em microserviços tornam isso possível.

Como Ryan explicou, as previsões agora direcionam diretamente o planejamento de armazenagem, transporte e mão de obra, tudo visível em um único ecossistema. Isso elimina suposições e permite tomadas de decisão precisas em toda a cadeia de suprimentos. Quando perguntados sobre quais processos ultrapassados os varejistas devem eliminar para competir nesse cenário, duas respostas surgiram repetidamente:  

1. Dependência excessiva do Excel  Embora as planilhas sejam úteis para análises rápidas, elas não conseguem lidar com a complexidade, velocidade e colaboração exigidas pelas cadeias de suprimentos modernas.
2. Planejamento e Execução em Silos  Processos independentes e não coordenados levam à ineficiência e à perda de oportunidades. Colaboração e dados compartilhados são indispensáveis.

A Mudança Cultural: Colocando a Cadeia de Suprimentos no Centro

Há pouco tempo, a cadeia de suprimentos era uma função de bastidores. Hoje, ela é um tema de sala de diretoria. Questões macroeconômicas globais, tarifas, atrasos no transporte, escassez de mão de obra e demanda volátil tornaram a resiliência uma prioridade estratégica.

A nova realidade? Agilidade, velocidade e simplicidade são essenciais. No cenário atual do varejo, a capacidade de agir rapidamente, tomando decisões informadas com processos simplificados, é o que diferencia as empresas de sucesso. Romper os silos permite decisões mais rápidas e operações mais simples, reduzindo a complexidade e ajudando as equipes a focar no que realmente importa: entregar valor ao cliente sem demora.

Para concluir, se há algo claro, é que os vencedores em 2025 e além serão aqueles capazes de combinar velocidade, simplicidade, visibilidade e execução em toda a cadeia de suprimentos. Quem continuar dependente de sistemas desconectados ficará para trás, reagindo aos problemas e tentando se adaptar; enquanto varejistas integrados serão ágeis, bem informados e preparados para o que vier, impulsionados pelas inovações mais recentes no mundo do supply chain commerce.

Em última análise, a cadeia de suprimentos do futuro é simplificada, unificada, em tempo real e colaborativa. Varejistas que eliminarem silos e adotarem plataformas que integrem planejamento e execução não apenas vão cumprir suas promessas com os clientes — eles vão redefinir o que é possível no varejo!

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