Velocidade De Inovação É A Chave Para Armazéns Do Futuro

Muitas empresas simplesmente não estavam preparadas para o aumento nos pedidos online ocorrido durante 2020. Pandemia à parte, os desafios apresentados às marcas nos últimos 12 meses levantaram uma série de questões sobre estratégias de longo prazo, incluindo questões, por exemplo, de como será o armazém do futuro e de como ele poderá gerenciar inevitáveis interrupções futuras. Marco Antonio Beczkowski, diretor de vendas e Customer Success da Manhattan Associates Brasil, explora quatro principais áreas de foco que os armazéns do futuro precisarão considerar.

A CHAVE para atender pequenos e rápidos pedidos ONLINE

Agora que muitas empresas estão emergindo lentamente dos desafios dos últimos 12 meses, novas questões estão ganhando importância. Por exemplo, como as marcas podem se preparar para futuras interrupções? Quais processos e sistemas são necessários? Como será o armazém do futuro e que papel as pessoas devem desempenhar nele?

"O maior desafio que se apresenta a armazéns de hoje e do futuro é como processar pedidos online que muitas vezes consistem em apenas uma ou duas peças. A maioria dos armazéns foram tradicionalmente usados para trabalhar em nível de pallet ou caixa. Mas coletar, embalar e transportar os pequenos pedidos que resultaram no boom do comércio eletrônico representa algo totalmente diferente. Inclua nessa equação os prazos cada vez mais curtos que muitos sites oferecem agora, e o desafio fica cada vez mais complexo”, diz Beczkowski.

“Já se foi o tempo em que os armazéns tinham três dias para processar um pedido. Ao longo de 2020, o envio no mesmo dia ou no dia seguinte tornou-se a expectativa padrão para muitos consumidores, e os armazéns que não ajustam seus processos de acordo para atender a essa nova expectativa do consumidor correm o risco de se tornar obsoletos”, acrescenta.

Homens e máquinas aceleram o passo

A automação e a robotização de processos oferecem aos armazéns capacidades extras de atendimento de pedidos e possivelmente também capacidade de armazenamento extra. Essas tecnologias também estão se tornando cada vez mais importantes para um processo de atendimento do pedido mais rápido, confiável e eficiente.

Marco Beczkowski tem grandes expectativas sobre os impactos positivos que os robôs e a automação irão trazer para os ambientes de armazenamento. “A grande vantagem dos robôs é que as empresas podem aumentar a capacidade no armazém de uma forma flexível, sem ter que aderir com antecedência a sistemas de automação de larga escala, com capacidade limitada e ROI questionável”.

“Se as empresas vão optar por maior automação, por mais robótica, ou por ambos, de todo jeito as pessoas sempre terão um papel crucial no armazém do futuro, pois simplesmente existem algumas operações que não podem ser realizadas por máquinas ou robôs tão bem quanto são realizadas por pessoas. Por exemplo, os seres humanos têm flexibilidade para manusear produtos grandes ou frágeis e ao mesmo tempo oferecem a capacidade de aumentar a força de trabalho rapidamente em caso de picos, o que significa que crescimentos inesperados nos pedidos podem ser absorvidos rapidamente ", continua o executivo.

A GAMIFICAÇÃO assume papel central

Uma das principais questões que se apresentam aos líderes de armazéns e centros de distribuição é tornar as funções atraentes e envolventes para atuais e futuros colaboradores. Afinal, a menos que se trate de um robô como o WALL-E, como pode ser divertida a separação de pedidos quando o seu colega mais próximo é um robô?

Beczkowski apresenta o conceito de gamificação no ambiente de armazém. "De um modo semelhante ao RunKeeper ou ao Strava, nós podemos agora dar novos desafios a colaboradores de armazéns. E, assim como nesses aplicativos fitness, podemos recompensá-los à medida que eles completam seus desafios com sucesso. Além disso, você pode comparar o desempenho dos colaboradores em tempo real. E os gerentes também podem definir os desafios da equipe. Por exemplo, mover um pallet não pode ser comparado a mover uma caixa ou um item solto. Se o desempenho for bom, os funcionários e as equipes podem somar pontos que lhe darão direito a uma recompensa material ou a um período extra de folga. Ao mesmo tempo o trabalho permanece envolvente e desafiador, mantendo a motivação das equipes e indivíduos ao longo do caminho.”

INOVAÇÃO SEMPRE É pADRÃO SUPREMO

Além da robotização e da gamificação, a Inteligência Artificial (IA) e o Aprendizado de Máquina (ML) são dois outros componentes principais que desempenharão papéis importantes no armazém do futuro. Por exemplo, se você deseja ser capaz de processar e enviar aquele pedido de última hora dentro do prazo, os ganhos marginais que ambas as tarefas podem fornecer dentro do ambiente de armazém podem fazer toda a diferença para um cliente que está passando por uma jornada positiva com a marca.

“Você pode aumentar a densidade de coleta em um armazém misturando pedidos em lotes, mas então você terá que classificar os itens separados por pedido novamente, e isso leva minutos extras valiosos. A IA e o ML podem ajudar a simplificar esse processo e garantir que todos os pedidos sejam despachados no prazo, fazendo com que as promessas ao cliente sejam cumpridas”, continua.

Basicamente, a IA e o ML ajudam a aumentar a eficiência operacional. Outro grande exemplo disso é comparar o perfil do pedido atual com os perfis de pedido prévios. Sistemas inteligentes e de autoaprendizado podem prever com maior precisão quais os produtos serão pedidos, e também onde, quando e qual o tempo necessário para processar a entrega no estágio de armazém da jornada do produto.

"À medida que avançamos cada vez mais em direção a softwares de versão única e baseados em nuvem, mais empresas terão a capacidade de acessar as inovações mais recentes. Em um sistema com arquitetura de microsserviço sempre ativo e em nuvem, atualizações caras e lentas são coisas do passado, mas isso também significa que as inovações em IA e ML também estão mais acessíveis e disponíveis para negócios mais amplos e verticais.

No ano passado, testemunhamos em primeira mão que a velocidade com que as organizações implementam a inovação determina o seu nível de sucesso e a satisfação de seus clientes diretos. Se os processos e sistemas dentro de uma organização não puderem acompanhar a velocidade da mudança em um nível tanto macroeconômico quanto de cliente, uma empresa ou armazém terá dificuldade em navegar com os ventos das mudanças futuras.

Embora tenha sido certamente um desafio, 2020 também acelerou o ritmo de mudança em muitas áreas de negócios. Com cadeias de suprimentos e, por extensão, armazéns agora ocupando uma posição tão importante no pensamento e na estratégia de diretores e executivos, é fundamental que as equipes de armazém de hoje fiquem de olho em como serão os armazéns de amanhã”, conclui.

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