Papel da cadeia de suprimentos é essencial para equidade da vacinação mundial

Apesar de mais da metade da população mundial (54,2%) ter recebido a vacina contra a Covid-19, a distribuição entre os países ainda é muito desigual. No continente africano, por exemplo, apenas 11% da população adulta recebeu o imunizante, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mesmo que não seja o principal fator para que esse número seja tão baixo, quando funcionam corretamente, as cadeias de suprimentos globais ampliam o acesso a medicamentos essenciais para bilhões de pessoas em todo o mundo.

A indústria farmacêutica tem muitos desafios associados ao transporte de produtos que geralmente são sensíveis à temperatura e à umidade. Com o reconhecimento gradual nos últimos seis meses de que a pandemia não terminará até que a maior parte do mundo — não apenas a maioria da população de um único país — esteja adequadamente protegida, organizações privadas, ONGs e governos estão começando a reconhecer a crescente responsabilidade corporativa por uma distribuição mais ampla e justa de equipamentos essenciais, medicamentos e vacinas.

Segundo Marco Beczkowski, diretor de Vendas e CS da Manhattan Associates Brasil, líder mundial em soluções para cadeia de suprimentos, para que essa realidade seja alcançada, os processos existentes na cadeia de suprimentos devem ser mais eficientes e transparentes. “Ao eliminar a burocracia e o desperdício na fabricação, distribuição e processos orientados para o consumidor, deve ser possível agilizar a liberação das quantidades de vacinas, testes e equipamentos de proteção necessários aos países em desenvolvimento”, explica.

Controle conduzido por dados

A digitalização está transformando a forma como as empresas farmacêuticas podem controlar a cadeia de suprimentos de ponta a ponta, e a captura de dados é fundamental para esse processo. Em conjunto com a rápida adoção da Internet das Coisas (IoT), captura/armazenamento de dados baseado em nuvem e uso de análises avançadas (incluindo Inteligência Artificial), os dados podem fornecer às organizações visibilidade avançada nas cadeias de suprimentos.

“Com acesso em tempo real a informações que incluem datas de produção e validade, bem como requisitos de armazenamento, o gerenciamento de estoque pode ser mais inteligente e qualquer falha na cadeia de suprimentos (de problemas de armazém a atrasos em engarrafamentos) pode ser gerenciada em tempo real”, explica Marco. Segundo ele, as empresas podem realocar produtos entre locais (centros de distribuição, armazéns e até dentro de farmácias) sob demanda, usando a visibilidade do estoque em tempo real para gerenciar e cumprir os prazos. “Todo o processo é dinâmico, inteligente e projetado para maximizar a disponibilidade sem exigir um acúmulo caro e potencialmente desnecessário de ‘estoque de segurança’.”

Visibilidade de ponta a ponta é a chave

Com a capacidade de rastrear produtos em toda a cadeia de suprimentos, as empresas farmacêuticas podem fazer melhorias importantes na eficiência. Um dos maiores desafios para a indústria é a falta de percepção do comportamento do usuário final. As informações de prescrição do paciente não estão disponíveis por motivos de privacidade, dificultando a previsão de demanda, algo que muitas vezes leva ao excesso de estoque. No entanto, o crescimento dos dados de saúde da população em conjunto com poderosas ferramentas de análise está permitindo que as organizações obtenham muito mais informações, mais rapidamente, sobre as mudanças na demanda.

Esses dados de saúde da população podem alimentar estratégias nacionais para o estoque de segurança de medicamentos vitais, como vacinas, e ajudar os países a minimizar o excesso de pedidos. Essencialmente, isso significa menos excesso de vacinas nos países ocidentais mais ricos e mais doses disponíveis nas nações menos desenvolvidas economicamente, onde são mais necessárias.

“Criar mais visibilidade, eficiência e responsabilidade nas cadeias de suprimentos não vai consertar milagrosamente a equidade das vacinas da noite para o dia. No entanto, entender a cadeia em um nível mais profundo e identificar se os problemas são temporários ou provavelmente terão um impacto de longo prazo permitirá uma alocação mais precisa de vacinas em todas as redes de distribuição”, finaliza Marco.

Media Contacts

Rick Fernandez

Director, Corporate Communications

Cumpra sua promessa aos clientes

Contate a Manhattan para saber mais.

Entre em contato conosco

Related Information