A sustentabilidade da cadeia de suprimentos começa com a eficiência

À primeira vista, uma conferência da cadeia de suprimentos do varejo não é a opção mais óbvia de destino quando procuramos exemplos de sustentabilidade e pensamento ecológico. O transporte de mercadorias ao redor do mundo para apoiar o comércio global é positivo para a sociedade, mas certamente não está no topo da lista de vitórias ambientais.

Mas pense nisso de uma forma diferente, e é exatamente ali onde devemos procurar por sustentabilidade e pensamento ecológico. À medida que os varejistas dividem suas emissões de carbono no Escopo 1 a 3, é na cadeia de suprimentos geral (Escopo 3) que talvez haja mais espaço para melhorias e na qual os ganhos mais importantes podem ser obtidos sob o ponto de vista de uma perspectiva de redução da pegada de carbono.

Sou de opinião, ao menos nos negócios, de que a sustentabilidade começa com a eficiência.

Todos os encarregados da cadeia de suprimentos do varejo estarão cientes de como as ineficiências nas compras, pedidos e transporte de mercadorias em todo o mundo foram um dos principais desafios da era da pandemia para as empresas, então, convencê-los de que essa é uma boa área de foco não deve ser difícil.

O diretor sênior de gestão de produtos da Manhattan, Brian Kinsella, disse ao público no Manhattan Exchange EMEA, em Berlim, que boa parte do trabalho da Manhattan nos últimos 20 a 30 anos para levar ao mercado novas tecnologias da cadeia de suprimentos “indiretamente está centralizado na sustentabilidade”.

Os objetivos que vêm sendo adotandos há uma longa data para a inovação da empresa são “menos quilômetros percorridos, embalagens [e] remessas mais eficientes para o cliente”, observou ele. O atendimento controlado pelo cliente, que faz parte do conjunto de novos produtos de tecnologia agora disponíveis para clientes de varejo da Manhattan, também tem algumas credenciais notáveis em matéria de sustentabilidade.

Isso dá aos consumidores “uma chance de alterar seu pedido para reduzir a probabilidade, a frequência e o volume de devoluções”. Essa remessa desnecessária é uma ótima maneira de controlar a pegada de carbono, pois os varejistas desenvolvem estratégias ambientais, sociais e de governança gerais e, potencialmente, procuram remodelar completamente a maneira como funcionam.

“Se for possível reduzir isso em uma proporção substancial, haverá muitas remessas fora de circulação”, disse Kinsella.

Questões ecológicas

Eddie Capel, CEO da Manhattan, e sua equipe geral garantiram que a gestão e a otimização mais ecológicas da cadeia de suprimentos estivessem na agenda do Exchange 2022. Todos os varejistas no palco evocaram a importância de fazer a sua parte em termos de redução da pegada de carbono.

Desde a Aldi Sud, fazendo uma rara aparição pública, evocando a necessidade de ser mais eficiente em toda a sua cadeia de suprimentos, até a Scotch & Soda falando sobre a necessidade de ajudar a reduzir o impacto da moda no meio ambiente, esse é claramente um assunto de interesse entre os radares dos líderes do varejo.

Para Capel, há muitas áreas a serem consideradas quando se trata da cadeia de suprimentos e do meio ambiente. E a gestão de armazém é evidentemente um excelente ponto de partida.

Capel declarou que reduzir quilômetros do transporte de mercadorias e do ar que sai de caminhões e contêineres é fundamental. “Se pudermos fazer isso, podemos exercer um impacto muito grande na sustentabilidade do nosso planeta”, argumentou.

Conseguir que as caixas sejam do tamanho certo para os produtos do tamanho certo significa que os varejistas poderão colocar mais caixas em um caminhão. Capel diz que é para começar por aí, antes de passar para questões como gestão de transporte, redução de quilômetros e busca de otimização de rotas.

“Isso exige tecnologia e processo subjacente, para seja eficaz”, diz ele, ou: “Todos os sistemas da Manhattan trabalhando juntos de maneira organizada”.

Empurrar e puxar

As mudanças incrementais que levam a uma transformação geral e à redução da pegada de carbono em larga escala certamente devem ser louváveis, mas será necessário um tempo para que isso comece a resolver os problemas mais amplos que o planeta enfrenta. Grandes saltos serão dados na agenda ecológica quando os combustíveis fósseis forem reduzidos e removidos do comércio.

Muitos varejistas se comprometeram a reduzir sua dependência do transporte que usa combustíveis fósseis durante a próxima década, e isso contribuirá muito para os esforços de todo o setor para descarbonizar.

Mas outro grande obstáculo no progresso da agenda ambiental é a atitude do consumidor. Na primeira manhã do Exchange, a Manhattan divulgou uma pesquisa mostrando que 51% dos consumidores relataram que os esforços ambientais/sustentabilidade eram importantes nas suas principais análises ao escolherem onde e de quem comprar.

Ouvimos muito isso. Os consumidores sempre dirão que isso é importante para eles, se lhes perguntarem.

Como parte da mesma pesquisa, 26% dos varejistas acreditam que criar uma cadeia de suprimentos mais ambientalmente consciente e sustentável é uma das suas três principais prioridades para 2023.

Vendo esses números, há um forte argumento para avançar com grandes investimentos e manter os clientes satisfeitos sob o ponto de vista ambiental. Mas a realidade é muito mais sutil do que essas estatísticas.

Henri Seroux, diretor sênior da Manhattan para a região EMEA, reconheceu que o ser humano é complicado e, às vezes, contraditório.

“Pensamos em todas as coisas que desejamos fazer certo, mas de repente nos apaixonamos por um produto e queremos que ele apareça em nossa porta às 10h”, disse ele, destacando os desafios que os varejistas enfrentam para serem ecológicos e oferecerem aos clientes um serviço como eles desejam.

Certamente há uma dicotomia quando se trata do que os consumidores desejam em relação ao varejo ecologicamente correto. Não é fácil para as marcas e varejistas tentarem resolver isso.

“Estamos investindo em tecnologia para oferecer aos clientes opções e educação”, explicou Seroux, que acrescentou que é “um ótimo momento” para as pessoas se juntarem a empresas de tecnologia “e inventarem sistemas para um mundo melhor”. É aqui que mudanças importantes podem acontecer agora mesmo.

Então é isso, esses foram vários exemplos de pensamento mais ecológico em uma conferência da cadeia de suprimentos. Como Capel explicou em um artigo na Green Retail World no ano passado, a sustentabilidade e o meio ambiente precisam estar no topo da agenda de todas as organizações. Sua equipe está colocando no mercado uma tecnologia que ajuda os varejistas a integrarem esse pensamento em suas operações. E ela está disponível agora mesmo.

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